SEMINÁRIO DIOCESANO NOSSA SENHORA DA LUZ - 50 ANOS TRABALHANDO PARA FORMAR O PRESBITÉRIO DE LUZ



"Ecclesia ante et retro aculata" (Santo Anselmo). E por ter um olhar para o passado e outro para o futuro, a Igreja se faz contemporânea com sabedoria e esperança. A circunstância dos 50 anos de existência do Seminário Diocesano Nossa Senhora da Luz é um estímulo a olhar para o passado, para resgatar o caminho de institucionalização do Seminário e aquilatar a importância deste para a Diocese de Luz, hoje e no futuro.


1 – Antecedentes
Por iniciativa de D. Silvério Gomes Pimenta, então arcebispo de Mariana, e do Pe. Joaquim das Neves Parreiras, a Diocese do Aterrado foi criada aos 8/7/1918 (mudada para Diocese de Luz aos 5/12/1960). Dom Manoel, o primeiro Bispo Diocesano de Luz, é sagrado Bispo na capela do Seminário de Diamantina aos 14/11/1920 e chega ao Arraial de Luz do Aterrado aos 10/04/1921 para início do pastoreio, aqui permanecendo até 7/7/1967, quando morre santamente no Palácio Episcopal.
Em sua primeira visita pastoral (1921/1922) Dom Manoel instituiu, nas Paróquias onde não havia, a "Liga pelas Vocações", composta por zeladores e sócios, instituição que já existia na região, pois Dom Manoel, ao relatar a visita pastoral a Tiros (em 1922) informa que "Já estava fundada na parochia, desde há tempo, a "Liga pelas Vocações" que tomou novo incremento, durante a visita". Não há menção a seminário diocesano, cuja necessidade de criação para suprir a escassez de clero é mencionada pela primeira vez por D. Manoel no começo da visita pastoral de 1924/1925, em Quartel Geral, assim relatada:
"Sendo de poucos dias (3 somente) a permanência do Sr. Bispo ali falou s. exia, no 2.º dia, sobre a grande necessidade do bispado, que é a escassez do clero, problema insolúvel, enquanto faltar o Seminário para o cultivo das vocações, e pediu, como em todos os lugares, o auxilio do povo em favor do Seminário. Facto ainda sem exemplo em todo o bispado, manifestou de modo admirável a boa vontade daquele povo e a inteligente compreensão da necessidade em questão" .
E registra a entusiasta recepção do povo à campanha em favor da criação do seminário ao longo de toda a visita pastoral, citando o nome das pessoas que mais se destacaram na coleta em favor do seminário e da obra das vocações, e o valor das doações recebidas.
Contudo, na visita pastoral de 1926, a campanha em favor do seminário deu lugar à "formação da caderneta que dá direito a manutenção de um aluno gratuito perpetuamente no seminário". A bolsa de estudos se destinava aos alunos pobres, que era a maioria; os mais abastados custeavam os próprios estudos.
E foi este o expediente encontrado por D. Manoel para formar padres para a Diocese de Luz. Encaminhava os seminaristas para os seminários de Mariana, Diamantina, Santa Bárbara (Caraça), e, somente um (Mons. Geraldo Mendes Vasconcelos) para Belo Horizonte. Como a formação era demorada e custosa, supletivamente, para enfrentar a escassez de clero, D. Manoel contou com o apoio dos religiosos que atraiu para a Diocese (Franciscanos em Abaeté e Morada Nova, Sacramentinos de Nossa Senhora em Dores do Indaiá e Bom Despacho).
O que teria levado D. Manoel a desistir do projeto de um seminário próprio, embora tivesse ciência de que este seria uma possível solução para a escassez de clero diocesano? Certamente não foi eventual falta de apoio financeiro dos fiéis e das paróquias. Algum apoio sempre havia. D. Manoel não era de desistir ante essa dificuldade. De qualquer forma, a formação inicial dos padres era cara, mas necessária, e D. Manoel assumiu heroicamente a missão de recompor o clero diocesano. Penso que o principal obstáculo para a criação de um seminário próprio, e que D. Manoel não teve condições de superar, residia no modelo de Igreja da época, associado à realidade cultural e escolar da Diocese.
No modelo tridentino de Igreja, fortemente vigente na época, a formação do padre devia ser sólida na doutrina, na apologética, na moral, tornando o padre sábio e santo para assegurar a unidade da Igreja frente às forças de dispersão do mundo moderno. A formação nos Seminários já consagrados, em regime de internato integral, era rígida, bem estruturada, e o padre saía deles apto para a missão. Provavelmente foi o forte zelo pela qualidade da formação que levou D. Manoel a optar por encaminhar os seminaristas para os seminários já existentes ao invés de criar um seminário menor para acolher as vocações na Diocese e em preparação para os estudos superiores de Filosofia e Teologia em seminário maior.
Esta situação perdurou até 1960, quando há um novo momento na vida diocesana, com a chegada de Dom Belchior Joaquim da Silva Neto, CM. Saído da reitoria do Seminário da Prainha, em Fortaleza/CE, e com o carisma da Congregação da Missão para a formação do clero, Dom Belchior chegou a Luz aos 29/5/1960 como Bispo Coadjutor e Administrador Apostólico "sede plenae". Já no início do ano seguinte, criou o Seminário Diocesano, sob o patrocínio de N. Sra. da Luz, para acolher os seminaristas menores, ainda no 1º e 2º graus, preparando-os para os estudos superiores em outros seminários.


2 - A Criação e Instalação
A criação e instalação do Seminário Diocesano vem pontuada no calendário no dia 2/2/1961 e foi comunicada aos diocesanos em "Carta Circular sobre o Seminário e as vocações sacerdotais", datada de 24/4/1961. Para Reitor, D. Belchior nomeou o então Capelão Militar, Côn. César Alves de Carvalho, que era grande entusiasta da ideia de um seminário diocesano para acolher e estimular as vocações sacerdotais .
Eram tempos difíceis, de expectativa e de cautela. A Igreja preparava o Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII em 1959, e que trouxe profundas mudanças na compreensão da Igreja e no seu relacionamento com o mundo moderno. Este halo de renovação se fez sentir no Seminário nascente, premido pela falta de recursos, foi concebido em regime de semi-internato. Os seminaristas de 5ª e 6º série do Ginásio estudavam no Seminário, mas os de 7ª a 8ª série estudavam no Colégio São Rafael, das irmãs vicentinas. Os seminaristas que concluíam o 1º grau faziam o curso científico (2º grau) na Escola Estadual (posteriormente denominada "Comendador Zico Tobias" em homenagem póstuma ao pai de D. Belchior), estando, depois, aptos para o ingresso no seminário maior.
Esta abertura para a participação de pessoas leigas no processo de formação e a convivência dos seminaristas com ambientes escolares que não o do próprio seminário, foi uma novidade conflitiva e dolorosa. Os seminaristas eram cobrados como modelos de aluno e não podiam ter qualquer falta, deslize ou imperfeição que eram denunciados ao Reitor e repreendidos, inclusive com castigos físicos. Era como se o ambiente de seminário devesse ser estendido no entorno do seminarista, protegendo-o das influências externas. Mas foi também um significativo passo para viabilizar não só o Seminário em si, como também a sua adaptação ao novo contexto de Igreja que estava para vir.
Dos seminaristas desta época (de 1961 a 1970) restou somente o hoje Pe. Sebastião Fernandes Pereira, que ingressou no Seminário de Luz em 1963, indo depois para Mariana, onde cursou Filosofia e Teologia, sendo ordenado Padre aos 12/9/1975, em São Gotardo. É o primeiro Padre originado do Seminário de Luz.
Dom Belchior percebia que as instalações do Seminário eram provisórias e, para o futuro, seriam necessárias outras mais adequadas. Ele próprio relata como se deu a construção do novo prédio, que posteriormente se tornou a Faculdade de Luz:
"Lançamos mão de um terreno da Fazenda do Açudão - patrimônio da mitra - que havíamos conseguido registrar no Cartório de Dores do Indaiá. Loteamos todo aquele "cerrado" de menor cultura, aquela parte não habitada, ociosa, que se estendia depois da Vila Vicentina até o Campo de Aviação. Quando nos objetaram sobre o isolamento em que ia ficar, em Lua, o edifício do Seminário Menor (já em 1961, havíamos começado o Seminário nas dependências do Palácio) respondíamos, de maneira ousada e pretensiosa, que ali havíamos de ter, em breve, o melhor Bairro da Cidade, Bairro que pretendíamos chamar de "Bairro Monsenhor Parreiras", lembrando o fundador da Diocese, sendo que havíamos de pôr nas ruas os nomes das Paróquias, de todas as Paróquias da Diocese de Luz - o que pudemos fazer, com a aprovação unânime da Câmara Municipal" .


3 - A Institucionalização
A mudança para o novo prédio, amplo e ainda em construção à época, se deu no início do ano letivo de 1971 e representou uma nova etapa no Seminário: novas instalações, nova direção, novos seminaristas.
Côn. César deixa a reitoria e retorna à sua querida Estrela do Indaiá. É substituído pelo experiente Pe. José Luiz Saraiva CM, auxiliado no início pelo Pe. Jonas Victor de Morais (ordenado aos 19/12/1970 em Dores do Indaiá) e, a partir do 2º semestre, também pelo Pe. Wellington Costa (ordenado aos 7/8/1971 em Luz).
Os seminaristas na sua maioria (41 deles) eram novatos, selecionados no encontro vocacional promovido pelo Pe. Jonas, em Morada Nova, em dezembro de 1970. 14 eram do 2º grau e os demais (a maioria), do 1º grau.
A novidade introduzida na formação foram as reuniões semanais de revisão de vida, feita por grupos de escolaridade, além das conversas que o Reitor mantinha, reservada e periodicamente, com cada seminarista. Horário rígido. Levantar às 5h30, oração, missa, café e colégio para os do 1º grau (os do 2º estudavam à noite) e estudo ou alguma palestra de formação para os do 2º grau.
Das pessoas diretamente envolvidas no dia a dia do Seminário, nessa época, lembro o Sr. Zico Tobias, pai de D. Belchior, que sempre aparecia para resolver algum problema da obra e acompanhar os trabalhos no Açudão (de onde vinha o leite para o Seminário), o Sr. Lázaro e Dª Fia (cozinheira), eram verdadeiros pais para os seminaristas distantes e saudosos de casa. O trabalho humilde, silencioso e prestativo destas pessoas foi fundamental para o bom funcionamento da casa.
Durante as férias de julho de 1971 os seminaristas do 2º grau (com exceção de José Paulo - que cursava o 3º ano do 2º grau, José Libério e Joaquim Fernandes Pereira - que cursavam o 2º ano do 2º grau) fomos para São Gotardo, sob a reitoria do Pe. Jonas, na Fazendinha, que fora doada à Paróquia pelas Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora com a condição de que lá funcionasse uma obra social.
Assim, o Seminário de Luz passou a ter duas casas de formação. Em Luz, sob a direção do Pe. Saraiva e do Pe. Wellington Costa e em São Gotardo, sob a direção do Pe. Jonas Vitor de Morais, que no final do ano foi substituído pelo Pe. Eustáquio Afonso de Souza (que concluíra o curso de Teologia em Roma e fora ordenado Padre aos 12/9/1971 em Bom Despacho), sendo auxiliado na formação pelo ainda seminarista Pe. José Ferreira da Silva (ordenado Padre aos 12/12/1972, em Campos Altos), ambos auxiliando o Pároco, Pe. José Lima. No começo de 1972, veio também para ajudar na formação o seminarista maior, vindo de Niterói, Dorvalino José da Silva, que em 1973, foi enviado a Petrópolis/RJ para um ano de Teologia. Neste mesmo ano (1973), em julho, Pe. José Lima foi sagrado bispo de Itumbiara/GO e Pe. Eustáquio assumiu a Paróquia como Pároco. Os seminaristas foram morar na Casa Paroquial e, com a conclusão do 2º grau, não prosseguiram. Não vieram novos e a experiência em São Gotardo terminou.
As novidades introduzidas na formação em São Gotardo foram a vivência em um pequeno grupo (éramos 11 seminaristas) e o envolvimento dos seminaristas nas atividades da Paróquia: liturgia, círculos bíblicos, movimento de jovens, Campanha da Fraternidade, além de visitas ao Asilo. Pe. José Lima era muito dinâmico e envolvia os seminaristas nos trabalhos restritos aos finais de semana. Hoje sabemos o quanto a experiência pastoral é importante para os futuros padres.
Prosseguiu o Seminário em Luz, com o Pe. Saraiva, agora auxiliado pelo Pe. Luiz Pereira CM, e seminaristas do 1º e 2º grau. Os seminaristas maiores deste período estudavam em Mariana (Pe. Sebastião) e em Petrópolis (Pe. Dorvalino - ordenado aos 1/6/1974, em Moema, Pe. João Evangelista - ordenado aos 8/7/1978, em Tiros, Pe. Antônio Pires Galvão - ordenado pela Diocese de Itumbiara/GO - todos ingressados diretamente no Seminário Maior, José Paulo e Joaquim Pereira Rocha - que não concluíram o curso). Em 1974, também fui para Petrópolis, concluindo o curso integrado de Filosofia e Teologia em junho de 1979.
Com a vinda da Faculdade para Luz (1975) os seminaristas menores passaram a residir na casa em frente à Faculdade (hoje pertencente à mãe do Pe. João Evangelista). Pe. Saraiva retorna a Petrópolis no 2º semestre de 1975 e os seminaristas passam a residir com os Padres nas Paróquias. Em 1977 foram para Juiz de Fora. O primeiro seminarista da Diocese que concluíra o curso na Faculdade em Luz, Mauro José de Morais Tavares, foi para Belo Horizonte, residindo com o Pe. Henrique de Moura Faria (natural de Dores do Indaiá e colega de Mons. Eustáquio em Roma) na Paróquia Santíssima Trindade (bairro Gutierrez) até 1979, cursando Teologia na Universidade Católica de Minas Gerais.
O Seminário era mantido através da Obra das Vocações Sacerdotais, coordenada pelo Mons. Waldemar Chaves de Araújo, de contribuição das Paróquias em 50% da renda do mês de maio, e com a pouca ajuda das famílias dos seminaristas. As dificuldades financeiras eram enormes, o que refletia na instabilidade do processo de formação.


4 - Os Dois Seminários de Luz
Em 1980 começa uma nova etapa no Seminário de Luz. Os seminaristas menores que estavam em Juiz de Fora retornam para Luz e os maiores vão para Belo Horizonte, onde, juntamente com o seminarista Mauro José de Morais Tavares, passam a residir em uma casa alugada pela Diocese à rua Xavier da Veiga, no bairro Minas-Brasil, cursando Filosofia e Teologia na Universidade Católica de Minas Gerais. Começa a nova experiência de duas casas, que perdura até hoje.


4.1 - A Casa dos Seminaristas de Luz em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, a turma de seminaristas é coordenada pelo Mauro, que é ordenado Padre aos 2/7/1980 pelo Papa João Paulo II no Rio de Janeiro, e passa a ser o Formador dos seminaristas. A Diocese, com enorme sacrifício, adquiriu uma casa (popular, pequena e velha) ao lado da Pontifícia Católica e, com o trabalho do Pe. Mauro e dos seminaristas, a casa foi demolida e construída outra, mais ampla no mesmo local, sendo inaugurada aos 2/2/1983. Tornou-se a "Casa dos Seminaristas de Luz", especialmente para os estudos de Teologia e de onde saem os padres para a Diocese de Luz. Em 2008, a Diocese adquiriu uma casa ao lado e em outubro de 2009 começou a reforma e ampliação da Casa, concluída em outubro de 2010. 
Quando a Casa teve seu início, os seminaristas tinham uma vida muito informal, vivendo quase como uma república de estudantes. Quase todos trabalhavam como professores e contribuíam com parte do salário para a manutenção da Casa. A atividade pastoral era realizada nas férias, por ocasião da Semana Santa, das ordenações e obrigatória, como estágio pastoral, no último semestre de Teologia, quando o seminarista já era Diácono e preparava seu retorno à Diocese.
Aos poucos o processo formativo foi se definindo melhor, com a criação da OSIB por volta de 1985, com orientações da CNBB para os Seminários e do próprio Papa João Paulo II, com a Exortação Apostólica "Pastores Dabo Vobis", de 1992, e com as orientações dos Bispos de Luz.
No itinerário do processo formativo, a Casa tornou-se um ponto de referência claro para os seminaristas das etapas anteriores, pois sabem de antemão onde irão fazer o curso de Teologia, não ficando nas incertezas de antigamente, quando a Diocese dependia da boa vontade de outros Seminários para abrigar os seus seminaristas de Filosofia e Teologia. Muitas vezes, só de última hora se definia onde o seminarista que estava concluindo o 2º grau ia fazer os estudos superiores, o que causava intranquilidade ao seminarista e até algumas desistências.
A Casa dos Seminaristas de Luz, em Belo Horizonte, teve os seguintes formadores: Pe. Mauro José de Morais Tavares (1980/1985), Pe. Orlando Ferreira Barbosa (1986/1999 e 2009/...), Pe. Antônio Campos Pereira (2000/2003), e Pe. Flávio Luiz Rodrigues de Souza (2004/2008).
Dos seminaristas que por ela passaram, sem contar os de outras dioceses (Manaus/AM, Sinop/MT, Ituiutaba, Diamantina, Sete Lagoas), foram ordenados para a Diocese de Luz os seguintes padres:

1- Pe. Mauro José de Morais Tavares (2/7/1980)
2- Pe. José Orlando Siqueira (15/8/1981)
3- Pe. Joaquim Vitório de Aquino (24/10/1982)
4- Pe. Antônio Vieira Barbosa (4/6/1983)
5- Mons. Olavo Jacinto Sobrinho (10/7/1983)
6- Pe. Joel Bernardes Macedo (16/7/1983)
7- Pe. Joel Francisco Silva (7/7/1984)
8- Pe. José Batista Pereira (7/7/1984)
9- Pe. Luciano Martins dos Santos (7/7/1984)
10- Pe. Antônio Campos Pereira (28/6/1986)
11- Pe. João dos Reis Vieira (12/7/1986)
12- Pe. Ângelo José do Amaral (18/7/1986)
13- Pe. José Pimenta da Silva (16/8/1986)
14- Pe. Antônio José de Simone (20/9/1986)
15- Pe. Íris Mesquita Martins (5/9/1987)
16- Pe. Antônio Carlos da Silva (26/9/1987)
17- Pe. João Bosco da Silva (10/10/1987)
18- Pe. Ézio de Brito (25/6/1988)
19- Pe. José de Castro Lima (8/12/1989)
20- Pe. Agostinho Carlos de Oliveira (16/12/1989)
21- Pe. Manoel João Batista (30/12/1989)
22- Pe. Marcelino Geraldo Resende (29/12/1990)
23- Pe. Ildo Balduino de Freitas (12/19/1993)
24- Pe. Célio Sílvio Vieira da Silva (28/11/1993)
25- Pe. Gilson Ribeiro da Silva (4/12/1993)
26- Pe. Ivanildo Rodrigues Miranda (11/12/1993)
27- Pe. Dimas José Borges (29/7/1997)
28- Pe. Jair Aurélio Borges (19/12/1998)
29- Pe. Reginaldo Campos Pereira (5/12/1999)
30- Pe. Humberto Fernandes Lopes (11/12/1999)
31- Pe. Daniel Teixeira Miranda (18/12/1999)
32- Pe. Flávio Luís Rodrigues de Sousa (18/12/1999)
33- Pe. Aguinaldo Gualberto Pires (10/12/2000)
34- Pe. Geraldo Agostinho Teixeira (16/12/2000)
35- Pe. Wander Evangelista Soares (17/12/2000)
36- Pe. Adelzire Aparecido de Moraes (1/12/2002)
37- Pe. Antônio Carlos Ferreira (8/12/2002)
38- Pe. Luiz Carlos Rocha de Deus (25/1/2003)
39- Pe. Wagner Assis de Souza (2/5/2004)
40- Pe. Daniel Luiz Rodrigues (16/5/2004)
41- Pe. Fernando Rodrigues de Melo (13/6/2004)
42- Pe. Fábio Geraldo da Costa (19/6/2004)
43- Pe. Adelson José de Souza (3/7/2004)
44- Pe. Denis Cândido da Silva (3/7/2004)
45- Pe. Leonardo da Silva Campos (18/12/2004)
46- Pe. Adriano William Silva (17/12/2005)
47- Pe. João Álison do Carmo (16/12/2006);
48- Pe. Almerindo Silveira Barbosa (7/12/2007)
49- Pe. Ubiratan Alberto Oliveira (8/12/2007)
50- Pe. Marcelo Adriano Ribeiro (15/12/2007)
51- Pe. Edson Augusto Teixeira (16/12/2007)
52- Pe. Cristiano Caetano Leal (14/12/2008)
53- Pe. Pedro Felisberto Ferreira (13/12/2008)
54- Pe. Patriky Samuel Batista (20/12/2008);
55- Pe. Marcus Vinícius Teixeira Araújo (8/12/2009)
56- Pe. Marcos Tiago da Silva (8/12/2009)
57- Pe. Valter Valério Gonçalves (3/72010)
58- Pe. Edvaldo Geraldo Fernandes (10/7/2010)
59- Pe. Hênio dos Santos (10/12/2010)



Neste ano jubilar de 2011, estão previstas as ordenações de 6 novos padres para a Diocese, os atuais seminaristas na "Casa dos Seminaristas de Luz": Denison Carlos Nascimento Costa; Igor Valadão; Keroll Reis de Paula; Marco Roberto Ruas; Marcus Vinícius de Paula Silva; e Roberto Marques Costa.


4.2 - O Seminário de Luz

Os seminaristas de Luz que estudavam em Juiz de Fora estavam insatisfeitos, devido à distância da Diocese e às despesas maiores. Em razão disso, um grupo de Padres (Pe. Eustáquio - o Pároco da Paróquia, Pe. Dorvalino, Pe. José Ferreira, Pe. João Evangelista, e eu - Pe. Orlando) nos reunimos em outubro de 1979 em São Gotardo e resolvemos propor a D. Belchior a reabertura do Seminário menor em Luz. Os seminaristas que estudavam Filosofia em Juiz de Fora iriam para Belo Horizonte e os do 2º grau viriam para Luz. Assim, em fevereiro de 1980 foi reaberto o Seminário menor em Luz, no prédio da Faculdade, convivendo com os estudantes da faculdade que frequentavam as aulas às 3ª, 6ª e sábado, partilhando o mesmo refeitório.
Eram 20 seminaristas, todos menores, dos quais 7 foram ordenados padres para a Diocese de Luz: Pe. João dos Reis Vieira, Pe. José Pimenta da Silva, Pe. Íris Mesquita Martins, Pe. Antônio Carlos da Silva, Pe. João Bosco da Silva, Pe. Manoel João Batista, e Pe. Aguinaldo Gualberto Pires, e 1, Pe. Márcio Roberto Cabral (ordenado aos 5/12/1993) para a Arquidiocese de Juiz de Fora, o que indica uma perseverança surpreendente em se tratando de Seminário Menor.
Cerca da metade deles vinham de Juiz de Fora e outra metade era de candidatos novos, sem experiência de seminário, o que, por um lado, enriquecia a experiência de formação, e, por outro, tornava difícil harmonizar o processo com as demandas tão diversificadas de cada seminarista. Procuramos envolver os seminaristas no processo da própria formação, na organização e revisão das atividades da casa e da convivência. Foram tempos difíceis por razões de manutenção do seminário e de falta de um espaço mais adequado, somente para os seminaristas. Nesse tempo foi iniciada a construção da ala do prédio da Faculdade que dá para a rua 10 de abril, com os seminaristas ajudando a furar as valas para o alicerce do prédio.
No ano seguinte, 1981, Pe. João Evangelista assumiu a Reitoria, e teve início o Seminário Maior, com os seminaristas que terminaram o 2º grau e outros que ingressaram para o início da Filosofia (Ângelo José do Amaral e Antônio José de Simone, entre outros). Os seminaristas faziam o curso de Estudos Sociais na Faculdade e tinham aulas de Filosofia no Seminário (que funcionava no mesmo prédio da Faculdade), destacando-se entre os professores de Filosofia, Pe. Vicente Rodrigues de Souza, que lecionou por vários anos.
Além de continuar o mesmo método de formação que vinha sendo imprimido no Seminário, Pe. João Evangelista promovia encontros vocacionais com os candidatos ao Seminário e com os pais dos Seminaristas, para incentivar a integração da família no processo formativo.
Com a vinda de D. Eurico dos Santos Veloso para a Diocese de Luz , em 1994, foi criado o Propedêutico, constituído por um ano de experiência vocacional, conhecimento da Igreja diocesana, e aprofundamento dos estudos em preparação para o vestibular.
Em 1997, os Seminaristas maiores que estudavam na Faculdade foram transferidos para o Seminário Diocesano de Patos de Minas. A experiência não deu certo e, no final do ano, os seminaristas que restaram retornaram para Luz.
No ano de 2000, os seminaristas que iniciariam o curso de Filosofia foram transferidos para Belo Horizonte, para uma casa adquirida pela Diocese à rua Xavier da Veiga, no Bairro Minas Brasil, sendo formador o Pe. Antônio José de Simone, substituído um ano e meio depois por Pe. Flávio Luis Rodrigues de Sousa. Em Luz, permaneceu apenas o Propedêutico que, no começo de 2001, foi transferido para a Paróquia N. Sª. das Graças em Bambuí, sendo formador Mons. Wellington Costa. Em 2004, agora já com Dom Antônio Carlos Félix , é reaberto o curso de Filosofia em Luz, na casa à Rua Capitão Dú e trazido para Luz, ainda em meados do ano de 2003, o Propedêutico, que funcionava em Bambuí. Ou seja, passa a não mais existir a turma de Filosofia em Belo Horizonte. A casa foi alugada e, depois, trocada pela casa ao lado da Casa dos Seminaristas de Luz, para ampliação desta.
Em 2006, em Luz, foi inaugurado o novo prédio do Seminário, onde estão instalados atualmente os seminaristas do Propedêutico e da Filosofia, construído por iniciativa de D. Félix e com planta elaborada por Mons. Wellington Costa. No final de 2007, os seminaristas deixam de estudar na Faculdade (FASF), que é vendida a um grupo de São Paulo e, desde então, cursam Filosofia no Seminário de Luz.
Reitores do Seminário de Luz: Monsenhor César Alves de Carvalho (1961-1970); Pe. José Luiz Saraiva (1971-1974); Pe. Orlando Ferreira Barbosa (1980); Pe. João Evangelista de Oliveira (1981-1988); Monsenhor Waldemar Chaves de Araújo (1988-1989); Pe. Antônio Carlos da Silva (1990-1996); Monsenhor Wellington Costa (1997-2003); Pe. Antônio Carlos da Silva (2003-2006: Propedêutico e Filosofia; 2007: Propedêutico); Pe. Fábio Geraldo da Costa (2006-Propedêutico/2007-Filosofia); Pe. Antônio Carlos da Silva (Propedêutico e Filosofia: 2008); Padre Ubiratan Alberto de Oliveira (Propedêutico e Filosofia: 2009 ...).


5 - Conclusão
"Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós" (At. 15, 28). A criação do Seminário de Luz se deu em momento aparentemente pouco propício para tal. No entanto, a experiência foi se firmando sob o patrocínio de Nossa Senhora da Luz e hoje é uma instituição consolidada, possibilitando aos vocacionados, à vida presbiteral, clareza acerca do itinerário de sua formação, superadas as incertezas e ambiguidades de antigamente.
Outras, melhores e mais complexas, são as circunstâncias sociais, econômicas e culturais da Diocese que possibilitam certa estabilidade no processo formativo. Também os candidatos ao Seminário são pessoas hoje mais amadurecidas e seguras acerca do passo que dão ao entrarem para o Seminário, para isso contribuindo também a pastoral vocacional, conduzida seriamente na Diocese.
O sistema introduzido por D. Eurico, de taxar as Paróquias em 10% da sua receita mensal para a manutenção do Seminário (abandonando o sistema de 50% da renda do mês de maio), trouxe aos poucos mais estabilidade na parte financeira. O atual envolvimento dos seminaristas na Pastoral da Diocese e a atuação dos Padres formados neste ambiente demonstram a importância do Seminário, não somente para o acolhimento e formação dos futuros Padres, mas também para a dinamização da própria pastoral Diocesana, especialmente na formação dos leigos e incentivo à sua participação na ação evangelizadora.
O Seminário de Luz representa para mim, e penso que para muitos seminaristas, a oportunidade (única no meu caso) de concretizar a própria vocação ao sacerdócio. E é com profunda gratidão que recordo tantas pessoas, capitaneados pelos nossos valorosos Bispos, que construíram esta história de 50 anos, e da qual sou testemunha e parte desde o começo de 1971!


Pe. Orlando Ferreira Barbosa
Formador na Casa dos Seminaristas de Luz em Belo Horizonte/MG.

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